segunda-feira, 10 de outubro de 2011

. A noção de "Paradigma" e "Revolução Científica" segundo Thomas Kuhn




Quando um cientista propõe uma teoria de tal modo poderosa que toda a comunidade de investigadores se une em seu torno, surge um paradigma. A Física, de Aristóteles, o Almageste, de Ptolomeu, os Princíos e a Óptica, de Newton, são algumas das obras que Kuhn considera terem instituído novos paradigmas na história da ciência. Obras como estas tornaram-se paradigmas porque, além de terem solucionado questões que antes dividiam os investigadores, proporcionam um exemplo ou modelo de investigação científica a partir do qual os cientistas podem desenvolver a sua actividade. Um paradigma institui toda uma maneira de fazer física, astronomia, química, geologia... e inclui os seguintes componentes:




1. Leis e pressupostos teóricos fundamentais





2. Regras para aplicar as leis à realidade





3. Regras para usar instrumentos científicos




4. Princípios metafísicos e filosóficos





5. Regras metodológicas gerais




Uma revolução científica corresponde à aceitação, pela comunidade científica, de um novo paradigma, absolutamente diferente e incompatível com o anterior. Cada paradigma apresenta-nos um mundo constituído por objectos diferentes: a química anterior a Lavoisier, por exemplo, afirmava que na natureza existia uma substância chamada flogisto que explicava a combustão, mas no paradigma de Lavoisier o flogisto desapareceu.

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