quarta-feira, 26 de outubro de 2011

. A História da Escrita - os egípcios



Um pouco mais tarde, cerca de 3000 anos antes da nossa era, enquanto os Sumérios desenvolviam a escrita cuneiforme, os Egípcios desenvolveram uma forma de pictografia assente em pictogramas (várias imagens figurativas que representam coisas), fonogramas (símbolos que representam sons) e outros signos determinantes em escrita ideográfica, sem vogais. Meticulosamente gravados, os hieróglifos associavam símbolos fonéticos às imagens de objetos reais.
Este sistema de escrita recebeu a designação de "hieroglífica" - do grego hieros, que significa sagrado, e ghyhhein, que significa gravar - porque foi criado para servir os rituais religiosos. Além dos túmulos e templos, foi usada nos monumentos estatais, nas comemorações de acontecimentos militares e até para registrar agradecimentos aos governantes. Como acontece, por exemplo, com a pedra de Roseta (cf. figura acima).
A escrita hieroglífica era utilizada nos documentos da vida pública e nas inscrições mais importantes. Para o dia-a-dia, os Egípcios desenvolveram, por volta de 2400, a escrita hierática, uma forma simplificada de hieróglifos. A escrita hierática, cursiva, também era utilizada pelos sacerdotes nos textos sagrados.
A dada altura, a escrita hierática também deixou de responder à procura e exigências do quotidiano. Foi então que este povo idealizou a escrita demótica - do povo -, por volta de 500 anos antes da nossa era. Trtava-se de uma redução da escrita hierática que, por sua vez, já era uma redução da hieroglífica.
Relativamente ao suporte, há a registrar uma evolução, no sentido da multiplicação, e que vai desde as inscrições de objetos em barro cozido, passando pelas pinturas nas paredes dos templos e das câmaras funerárias, em pedra e madeira, até à utilização do papiro nos manuscritos.



O papiro – invenção atribuída ao povo egípcio –, foi o material mais importante para este segundo sistema de escrita. A escassez de pedra para as placas utilizadas na construção das pirâmides, fez com que se encontrasse um novo suporte. Mesmo ali ao lado, nas plantas papiros que cresciam nas terras pantanosas da foz do Nilo e cujos caules chegavam a ter quatro metros de altura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário