domingo, 12 de fevereiro de 2012

. Níveis de desenvolvimento: filogénese, ontogénese e epigénese



Quando falamos em desenvolvimento do ser humano tanto podemos referir-nos ao desenvolvimento da espécie como ao desenvolvimento do indivíduo. Quando falamos de desenvolvimento da espécie recorremos à palavra filogénese, uma palavra de origem grega cujo étimo remete para os conceitos de phylé (tribo) e génesis (produzir, gerar). Quando falamos do desenvolvimento do indivíduo usamos a palavra ontogénese, também de origem grega: onto (ser) e gen (produzir, gerar).





Filogénese: conjunto de processos de evolução dos seres vivos desde os mais elementares aos mais complexos; é o conjunto de processos biológicos de transformação que explicam o surgimento das espécies e a sua diferenciação.





Ontogénese: desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até ao estado adulto, para alguns autores até à morte.





Durante muito tempo, pensou-se que o desenvolvimento individual - ontogénese -era o reflexo direto da epigénese. Ou seja, que o desenvolvimento individual era exclusivamente determinado pelos factores genéticos, substimando os fatores ambientais - determinismo biológico -. Hoje, já ninguém pensa dessa maneira, o que nos leva a pensar um terceiro conceito: epigénese.





Epigénese: etimologicamente significa "o que se acrescenta ao genoma" e refere-se a tudo o que não é determinado pelo património genético. Dito de outra maneira: os organismos dependem da estrutura genética herdada, mas também das influências que o meio exerce sobre essa mesma estrutura. O embrião desenvolve-se a partir de um estado simples e homogéneo. Neste processo desenvolvem-se potencialidades que não estavam presentes no ovo fertilizado original, mas que se desenvolvem a partir da influência do meio. Como fica provado no caso dos gémeos verdadeiros ou homozigóticos de que já falámos a propósito das noções de genótipo e fénótipo.










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