domingo, 26 de fevereiro de 2012

. Sistema Nervoso Periférico



O SNP é constituído por um conjunto de nervos que estabelecem relações entre o Sistema Nervoso Central e o resto do organismo. É graças ao SNP que o cérebro e a medula espinal recebem e enviam informações que nos permitem reagir aos estímulos do meio interno e externo. Trata-se de um sistema constituído por outros dois sistema, o Somático e o Autónomo.


SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO: assegura as relações entre o Sistema Nervoso Central e o meio. É constituído por nervos de três tipos: sensoriais - enviam informações da periferia ao SNC -, motores - conduzem as mensagens do SNC para os músculos e glândulas - e de conexão, que ligam os dois primeiros.


SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO: regula o funcionamento do meio interno do organismo. É independente do SNC, regulando de modo automático e involuntário o funcionamento dos orgãos internos. Daí que não tenhamos consciência de grande parte das funções controladas por este sistema, como o batimento cardíaco e a respiração... É constituído por duas dicisões: divisão simpática - é mobilizada quando o organismo precisa de mais energia, como nas situações de stress ou medo... - e divisão parassimpática - reduz a atividade do organismo, conservando a energia, e domina os períodos de relaxamento e calma -.

. Sistema Nervoso



. Bases biológicas do comportamento





Grande parte dos processos inicia-se nos orgãos dos sentidos, que captam as informações do meio. Estas informações são interpretadas e tratadas pelo sistema nervoso, que coordena, processa e desenvolve as respostas aos estímulos recebidos. Respostas essas que são efetuadas pelos músculas e glândulas. Daí que possamos falar em três tipos de mecanismos: de receção, de coordenação e de reação:
Mecanismos de receção: orgãos que recebem os estímulos do meio externo ou interno (cinco sentidos...).
Mecanismos de coordenação: estruturas que coordenam as informações recebidas e desenvolvem respostas concretizadas pelos efetores (sistema nervoso central e periférico).
Mecanismos de reação: orgãos responsáveis pelas respostas/reações aos estímulos (músculos e glândulas).

domingo, 12 de fevereiro de 2012

. Níveis de desenvolvimento: filogénese, ontogénese e epigénese



Quando falamos em desenvolvimento do ser humano tanto podemos referir-nos ao desenvolvimento da espécie como ao desenvolvimento do indivíduo. Quando falamos de desenvolvimento da espécie recorremos à palavra filogénese, uma palavra de origem grega cujo étimo remete para os conceitos de phylé (tribo) e génesis (produzir, gerar). Quando falamos do desenvolvimento do indivíduo usamos a palavra ontogénese, também de origem grega: onto (ser) e gen (produzir, gerar).





Filogénese: conjunto de processos de evolução dos seres vivos desde os mais elementares aos mais complexos; é o conjunto de processos biológicos de transformação que explicam o surgimento das espécies e a sua diferenciação.





Ontogénese: desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até ao estado adulto, para alguns autores até à morte.





Durante muito tempo, pensou-se que o desenvolvimento individual - ontogénese -era o reflexo direto da epigénese. Ou seja, que o desenvolvimento individual era exclusivamente determinado pelos factores genéticos, substimando os fatores ambientais - determinismo biológico -. Hoje, já ninguém pensa dessa maneira, o que nos leva a pensar um terceiro conceito: epigénese.





Epigénese: etimologicamente significa "o que se acrescenta ao genoma" e refere-se a tudo o que não é determinado pelo património genético. Dito de outra maneira: os organismos dependem da estrutura genética herdada, mas também das influências que o meio exerce sobre essa mesma estrutura. O embrião desenvolve-se a partir de um estado simples e homogéneo. Neste processo desenvolvem-se potencialidades que não estavam presentes no ovo fertilizado original, mas que se desenvolvem a partir da influência do meio. Como fica provado no caso dos gémeos verdadeiros ou homozigóticos de que já falámos a propósito das noções de genótipo e fénótipo.










sábado, 4 de fevereiro de 2012

. Desenvolvimento: hereditariedade e meio




A formação da personalidade está sujeita à influência de múltiplos fatores. Estes fatores podem ser divididos em dois grandes grupos: hereditariedade e meio.
Por hereditariedade entende-se tudo aquilo que herdamos dos nossos progenitores, as características biológicas e as potencialidades intelectuais inscritas no nosso código genético transmitido através dos cromossomas. A transmissão genética dá-se através de uma célula da mãe - o óvulo - e uma célula do pai - o espermatozóide -, cada uma com 23 cromossomas. Juntas asseguram os 46 cromossomas característicos da espécie humana. Os cromossomas são constituídos por genes que contêm a informação biológica que vai permitir o desenvolvimento de determinadas características do indivíduo. Os genes são constituídos por moléculas de ADN. O código genético é a sequência de genes existentes nos cromossomas e que caracterizam uma determinada espécie. Daí que possamos falar em hereditariedade específica, a informação genética responsável pelas características comuns a todos os elementos de uma mesma espécia, o que nos torna humanos. E a hereditariedade individual, a que nos torna únicos entre todos os elementos da mesma espécie.
O meio, por sua vez, é tudo aquilo que não herdamos, são os mais diversos ambientes com que contactamos desde o momento da concepção - o meio intra-uterino -, ao longo da nossa vida - o meio familiar, o meio social, o meio cultural... -, que estimulam ou reprimem as potencialidades genéticas e assim se tornam igualmente determinantes na pessoa em que nos tornamos. Por exemplo: as condições psicológicas da mãe, assim como a sua alimentação e hábitos não saudáveis, como fumar, têm reflexos negativos no desenvolvimento do feto. Assim como um meio familiar equilibrado será favorável ao desenvolvimento harmonioso da criança.
Durante muito tempo, a questão dividia radicalmente os teóricos. Tínhamos os partidários da hereditariedade, isto é, aqueles que defendiam que o património genético é o grande responsável por aquilo que somos. Também conhecidos por deterministas, por defenderam que somos o resultado inevitável das características biológicas, como se estivéssemos pre-determinados pelo nosso código genético a ser inevitavelmente o que somos. E tínhamos os behavioristas, como Watson que já conheces, convencidos que seria o meio, independentemente das condições biológicas, o único responsável pela personalidade que assim iria sendo moldada no contacto com o meio. Hoje, a discussão já não faz muito sentido, uma vez que todos concordam que somos o resultado mais ou menos equilibrado da tensão entre ambos os factores: hereditariedade e meio. Como fica provado no caso dos gémeos verdadeiros separados à nascença para viver em ambientes distintos: geneticamente iguais, mas com personalidades disitntas. Daí que tenhamos que falar em outros dois conceitos: genótipo e fenótipo.
O genótipo é o conjunto de características que uma pessoa recebe por transmissão genética, a informação genética de cada indivíduo presente no ovo. O fenótipo é o conjunto de caracterísiticas físicas e psicológicas que uma pessoa apresenta, que resulta da combinação entre a herança genética (genótipo) e a influência do meio.